quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Nem a estreia antecipada do técnico Arturzinho foi suficiente para espantar a má fase do Paysandu, que perdeu em plena Curuzu, na noite de ontem, por 2 a 0 para o América-MG, e permanece na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos. Na próxima sexta-feira (9), os bicolores enfrentam o Joinville-SC, também na capital paraense, com a obrigação de deixar a incômoda vice-lanterna.
Paysandu dá vexame diante da torcida na Curuzu (Foto: Mário Quadros/Diário do Pará)Para os jogadores, tem sido difícil explicar como a apatia envolve por completo o time. Novamente, nos minutos iniciais, as ações ficaram equilibradas, com o time momentaneamente bem postado no meio-campo, haja vista algumas jogadas de ataque no começo. O primeiro a investir foi o lateral-esquerdo Pablo, que avançou pela linha de fundo e cruzou para o atacante Heliton, sem sucesso no arremate. Aos cinco minutos, Nicácio recebeu o segundo cruzamento e cabeceou fraco.
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Já aos 11 minutos, o artilheiro do time poderia ter aberto o placar depois de driblar o goleiro, mas ao olhar para o lado, percebeu estar sozinho na área, e acabou perdendo a bola. Esse reflexo de desânimo foi crescendo aos poucos, enquanto o América se animava, facilitado pela apatia da ala direita e a distância entre os volantes e meias dos donos da casa.
O gol americano foi sendo desenhado aos poucos. Depois que Zé Antônio perdeu outra chance, de cabeça, o destino foi cruel, e após escanteio de Kleber, nos acréscimos do primeiro tempo, o zagueiro Vitor Hugo subiu mais alto e abriu o placar.
O segundo tempo foi ainda pior. Arturzinho então alterou o sistema tático. Tirou Diego Barboza, Eduardo Ramos e Esdras, para os lugares de João Neto, Tallys e Alex Gaibu. Mas, no 4-3-3, nada mudou. Apenas as chances perdidas e o enfraquecimento da defesa, que, aos 31 minutos, assistiu Leandro Ferreira receber a bola sozinho na intermediária, ajeitar e chutar forte. O goleiro Marcelo ainda tentou, mas a bola só parou no fundo das redes, emplacando mais uma derrota, desta vez diante da própria torcida.
Mudou o técnico, mas o elenco...
Não tem sido fácil para a torcida do Paysandu assistir a um jogo sem entrar em profunda crise de stress. A cada nova derrota, as críticas, os protestos e vaias aumentam. Tudo isso sem controle de alvo. Desta vez, sobrou até para a diretoria do clube. O presidente Vandick Lima e o vice, Sergio Serra, foram duramente perseguidos, enquanto os jogadores ora lamentam, ora incomodam-se com a intensidade dos ataques.
“O momento é difícil e a torcida também não colabora. Estamos atravessando um momento duro, mas é preciso levantar a cabeça e partir para uma vitória na sexta-feira”, disparou o goleiro Marcelo, que, aliás, conseguiu importantes atuações nos últimos jogos, mas também sentiu dificuldades na noite de ontem, com o gramado altamente castigado, após um temporal que desabou sobre a capital paraense antes da partida.
Ainda na etapa inicial, os primeiros sinais de impaciência da torcida foram manifestados. A cada bola perdida, com Pablo, Yago Pikachu, Heliton, entre outros, uma vaia era entoada. Assim foi por vários momentos na primeira, e praticamente nos 45 minutos do segundo tempo. Quando o América marcou o segundo gol, então, a ira da nação alvi-celeste explodiu.
O alvo passou a ser o presidente Vandick Lima, obrigado a ouvir em silêncio palavras de ordem, em projeção ao rebaixamento do clube às vésperas do centenário. Restou ao time pedir paciência. “A gente sabe do momento difícil e contávamos muito com esse jogo. Eu não sei se está faltando alguma coisa, cada jogador tem que rever e pensar, a torcida tem razão em cobrar, é uma vergonha para todos nós ouvirmos essas coisas”, completa Marcelo Nicácio.
Emocional do time está péssimo
A princípio, o técnico Arturzinho não iria comandar a equipe do banco de reservas, mas minutos antes assinou a súmula e assistiu de perto o Paysandu cair diante do América, sem muitas chances contundentes de gol. Na avaliação dele, o time teve até maior volume de chances, mas continua pecando num item que detectou logo em sua chegada a Belém.
“Nós tivemos 17 finalizações e eles somente oito. Isso até me surpreendeu no primeiro tempo, mas sem eficiência, em termos de produzir para finalizar. As oportunidades foram poucas, nada assustador, até porque o time parece estar desmotivado”, disse. Ao final do primeiro tempo, ao perceber a apatia em campo, o treinador resolveu modificar a escalação com base no pouco que assistira e em alguns conselhos. Mas em sua análise, todos os esforços foram inválidos.
“O Eduardo caiu de produção, não sei por qual motivo, daí coloquei o Tallys para driblar, colocar uma bola na frente, mas isso também não ocorreu. O Diego Barboza já não estava ajudando no meio-campo, aí coloquei o João Neto. Disseram que é velocista, que leva em cima, mas infelizmente nada mudou. A outra foi o tudo ou nada. Tirei o Esdras e lancei o Gaibu para diminuir ou empatar. Infelizmente nenhuma delas surtiu efeito porque a equipe está emocionalmente desequilibrada”, sentencia.
Por fim, Arturzinho fez uma síntese bem justa e realista do elenco. “Tenho que ser bem honesto, precisamos de paciência, porque não haverá tempo nesses três jogos seguintes. Só depois, aí sim vamos dar a cara que o time precisa”, encerra.
(Diário do Pará)


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