sábado, 16 de novembro de 2013

País precisa encontrar lugar para 30 milhões de toneladas de lixo 

Um estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) aponta que o Norte do País precisará investir nos próximos anos R$ 750 milhões para coletar e dar a destinação adequada aos resíduos sólidos recolhidos na região. Esse e outros números foram apresentados esta semana, durante o Workshop Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, em Manaus. 

De acordo com o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, a previsão de investimento para executar a coleta e destinação correta dos resíduos sólidos na região Norte representa um custo diário per capita de apenas R$ 0,12, ou seja, é mais barato que um pão francês por pessoa. Já em âmbito nacional, os recursos necessários para universalizar e adequar à gestão de resíduos sólidos são de R$ 6,7 bilhões. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014, prazo estipulado pela PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), com apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, alerta Silva Filho.
 Segundo apontam os cálculos do diretor da Abrelpe, caso o País mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, só conseguirá universalizar a destinação final em meados de 2060. Com base na experiência de outros países, a Associação estima que são necessários de 15 a 20 anos para se reduzir a geração de resíduos, primeiro passo previsto na PNRS. 'Para que isso aconteça, são necessárias mudanças no processo produtivo, disponibilidade de infraestrutura adequada e adaptação na postura de consumo da sociedade', salienta Silva Filho.

Na avaliação do diretor da Abrelpe, embora o prazo determinado pela PNRS para encerramento da destinação inadequada de resíduos se encerre em agosto de 2014, ainda há muito o que ser feito. 'De acordo com nossos estudos, publicados recentemente no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, ainda há cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no País', assegura. Ele destaca que, se não houve um esforço em conjunto, sobretudo na questão dos recursos disponíveis para custear o processo de adequação, a PNRS não sairá do papel.  'Com a aplicação de 0,15% do PIB Nacional no setor de resíduos conseguiremos superar esse déficit histórico', conclui.
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