domingo, 15 de setembro de 2013


Trio inglês fechou a segunda noite do festival neste sábado (14). Grupo tocou sucessos como "Madness" e "Feeling good".

O trio inglês Muse trouxe de volta o rock que tantos pediam no palco principal do Rock in Rio. O grupo fechou com brilho a segunda noite de festival e conseguiu envolver o público em uma hora e meia de performance com músicas como "Madness", "Feeling good" e "Starlight".
A apresentação começou pouco depois do horário programado, à 0h05, com "Supremacy". Com uma sólida base de fãs em vários lugares do mundo, o grupo fez a turma próxima às grades dar mostras de histeria com o início dos hits.

O Muse tem um tipo de som que parece incompatível com uma história de sucesso nas proporções que atingiu. A própria entrada como atração principal no Rock in Rio surpreendeu. E quando as vendas começaram, a noite encabeçada pela banda teve ingressos esgotados antes de outros nomes mais populares como Justin Timberlake e Metallica - entre as sete do festival, foi a terceira a acabar. Não é pouca coisa.


O som leva muito do que fez a fama do progressivo - gênero que muitas vezes pecou pelo excesso em solos de bateria intermináveis e foi vilanizado pelo punk sem dó no fim dos anos 1970. Mas acrescenta uma roupagem pop sem parecer superficial. A segunda música do set, "Supermassive Black Hole", chega a soar à Prince, com direito a falsete na voz e levada dançante. É o progressivo que consegue ir até a pista.


Mesmo com tiros em tantas direções, o Muse atraiu milhões de fãs que aceitam as mudanças inesperadas de rumo musical. Ajudou o entusiasmo de Stephenie Meyer, autora da série "Crepúsculo", que jogou a banda no colo de uma multidão de adolescentes.Mas um dos segredos que explicam essa fidelidade dos fãs está nas melodias vocais compostas pelo vocalista e guitarrista Matthew Bellamy. Fossem trocados os arranjos complexos por violão e voz, músicas como "Hysteria" e "Madness" sobreviveriam muito bem.



No show do Rock in Rio, Bellamy não só mantém a afinação e o alcance vocal como também maneja bem as guitarras e teclados e tem bom entrosamento com os companheiros Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria).

O peso de "Stockholm syndrome" e "Time is running out" deve ter acalmado as críticas de roqueiros descontentes com a programação pop do primeiro dia de festival. Mas o Muse pode torcer narizes com o clima de pop eletrônico em "Panic station" e "Plug in baby". O diferencial acaba sendo os arranjos bastante incomuns que o trio imprime.


Em "Starlight", clímax do show, Bellamy desce até o público, cumprimenta fãs e canta com a bandeira brasileira na cara. Consistente ao longo de uma hora e meia da apresentação, o Muse ganhou a plateia do Rock in Rio e não só com técnica - o grande trunfo do progressivo -, mas com bastante carisma e vibração.

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