terça-feira, 14 de agosto de 2012

                          População irá escolher prefeitos e vereadores nos 144 municípios do Pará.

Eleitor deve fiscalizar candidatos para poder viver em uma cidade melhor.

Daqui a dois meses, mais de cinco milhões de eleitores paraenses vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores nos 144 municípios do estado. Para ajudar a população nessa escolha tão importante, a partir desta segunda-feira (13), o Jornal Liberal exibe uma série de reportagens sobre a gestão pública das cidades.

Voto pode ser instrumento de transformações
Em um rua de Belém, mora a Dona Maria Sebastiana Costa, de 75 anos. A aposentada vive no local a mais de 30 anos e ainda lembra como era a rua quando se mudou para lá. “Só água, a gente não tinha quase onde pisar”, conta. Hoje, os problemas não existem mais. Dona Sebastiana faz questão de mostrar as melhorias na rua que ganhou drenagem e asfalto. “A gente andava pisando na lama. As vezes a gente andava com o sapato na mão pra chegar até a pista. Agora, a gente anda de sandália e nem suja mais o pé”, comemora.
Já em um outro bairro da capital, dona Ana Vieira, vive uma situação bem diferente. “Quando chove, enche de uma ponta à outra. Fica igual a uma baía isso aqui cheio. Enche mesmo e transborda tudo”, reclama a moradora. A dona de casa ainda sonha com uma rua pavimentada. “Todo mundo sonha em ter pelo menos uma moradia descente, com esgoto, saneamento. A gente sonha muito, porque já vivo aqui a 13 anos e sonho com isso, em ver isso aqui diferente”, comenta.
Cuidar da cidade, garantir um ambiente saudável para a vida coletiva, são funções de quem ocupa a cadeira de prefeito. E essas não são as únicas responsabilidades de quem se candidata ao cargo público. O Sociólogo Roberto Corrêa explica que todo cidadão precisa de educação, saúde, transporte e lazer. “Faltando um desses, vem o tormento”, afirma.
Sociedade deve fiscalizar candidatos
Mas como garantir que um prefeito faça um bom trabalho? A resposta pode estar na mobilização da sociedade.
Ivan Costa, do Observatório Social de Belém, explica que deve-se comparar a relação entre prefeito e sociedade, com o casamento. Quando você vai casar com alguém, dividir seu patrimônio, e estabelecer uma nova relação, você precisa ter todo cuidado. Conhecer o passado da pessoa, o que ela já fez, e como ela pensa, se está de acordo com o que você pensa. “A partir daí, a eleição é o 'sim', é quando o eleitor vai com o candidato ao altar. Mas o casamento só vai ter sucesso depois da festa, na rotina, no dia-a-dia e no respeito. Isso é que faz a diferença”, destaca.
Todo município possui o que os especialistas chamam de lei orgânica. Nela, estão previstos os direitos e os deveres de um prefeito. Essa lei estabelece também o que muitos chama de rotina burocrática do gestor municipal, o momento em que ele vai até o gabinete despachar, assinar projetos de lei, receber autoridades e lideranças comunitárias.
Para o sociólogo Roberto Corrêa, prefeito que se preze, também precisa visitar as comunidades. “Não vejo razão para que um prefeito fique o tempo todo no gabinete. Ele tem que se relacionar com as lideranças, localizadas nestes distritos, nos bairros, reunir com a comunidade e saber o que a população reclama”.
Se o prefeito não cumprir bem a sua função de gestor, o cidadão pode recorrer à justiça. Ivan Costa explica que a lei está aí para ser cumprida, mas vai depender da população ir buscar o poder e caso não consiga, a sociedade deve fazer parceria com os órgãos de controle, como o Ministério Público, os tribunais de conta, e outros. “Se a população se alia à esses órgãos, vai fazer uma força tarefa fenomenal e ai, a gente muda a cidade”.

G1 PA


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