segunda-feira, 16 de julho de 2012

Na década de 20, um movimento tímido, que perdeu força, sugeria que a cidade de Salinópolis fosse rebatizada para Atlântida. Hoje, 90 anos depois, um dos principais destinos procurados pelos veranistas que saem de Belém conserva apenas os encantos da cidade lendária submersa, perdida no mar. Salinas, a cada ano, se torna mais popular e procurada.

Ontem, dezenas de ônibus de veranistas saídos da capital, somados a centenas de carros particulares, lotaram o Atalaia. Na praia mais animada do município, milhares de pessoas aproveitaram o domingo de sol e o banho nas águas do Atlântico. No entanto, apesar de superlotada, Salinas ainda reservou bons redutos de paz e tranquilidade para quem queria aproveitar as férias com sossego.

Ivaldo Souza, 46 anos, empresário, estava no Atalaia passeando com a família. “É um ambiente maravilhoso onde eu posso desfrutar da melhor maneira possível. Uma praia belíssima, um sol ótimo e pessoas bem convidativas”, completa Ivanildo rindo. Para o empresário, o barulho de música alta, o vai-e-vem intenso de gente e o trânsito constante de carros não chegam a prejudicar a diversão. “O som alto atrapalha um pouco porque a gente não pode conversar direito. Mas tem que curtir, né? Atrapalha, mas é bem-vindo”, opina.

“Pra quem gosta de agitação e tá solteira, é melhor ir pra lá. Eu tô solteira, mas parece que meu povo tá todo casado e com filho”. O parecer bem humorado da administradora Amanda Schimidt, 30 anos, revela bem a intenção de quem procurou o Atalaia durante o final de semana. Com mais seis pessoas passando férias na casa de praia da família, Amanda aproveitava o sol nas areias calmas da praia do Farol Velho. Poucos quilômetros separam as duas praias, no entanto, o contraste entre elas é enorme. “Aqui não tem confusão, a areia é mais limpa, tem bem menos gente. As crianças podem brincar mais sossegadas. É muito melhor pra relaxar”, fala Maria José Bentes, 48 anos, dona de casa.

O “Lago da Coca-cola”, que recebe o nome por causa das águas escuras e geladas, era o local ideal para as crianças se divertirem. Do outro lado do Atalaia, protegido por dunas, o lugar atraiu dezenas de banhistas como Evandro da Costa, que faz 11 anos hoje. “Eu gosto daqui por causa da água doce. Posso brincar sem me perturbarem”, conta. Iris Miranda, 30 anos, recepcionista.

Aproveitar as férias com tranquilidade é o que leva o servidor público Marcos Vinícius Silva, 48 anos, a se refugiar com a família na casa de veraneio, localizada no bairro da Ponte. “Tudo que eu quero eu tenho aqui. Uma casa maravilhosa e a minha família. Quando a gente vai embora, eu sou o último a sair. Chegando em Belém bate muita saudade daqui”, conta o servidor público, que tem o privilégio de acordar com o canto dos pássaros e com o vento vindo do mar batendo na janela.

Fora um atropelamento no último sábado (14), nenhum outro acidente grave foi registrado. De acordo com o tenente Lenilson Costa, do Corpo de Bombeiros, até o final do dia, nenhum caso de afogamento sério havia sido notificado.

(Diário do Pará)


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