quinta-feira, 12 de julho de 2012

Seis casos do H1N1, também conhecida como gripe A foram registrados este ano no Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Na região sudeste do país, o número de casos aumentou, o que acendeu o sinal de alerta. Em Belém entretanto, a população parece não se preocupar. Nas farmácias, é quase inexistente a procura por álcool em gel e pelo medicamento Tamiflu, usado no combate à H1N1.

Todos os casos deste ano foram registrados na Região Metropolitana de Belém (RMB). “O período de sazonalidade, com maior intensidade, foi até abril. Não temos registros mais recentes. Esse aumento não é considerado significativo, antes acontecia com outros vírus, mas não eram notificados”, afirma Ana Lúcia Ferreira, diretora do departamento de epidemiologia da Sespa.

Segundo ela, 2.840 cápsulas de fosfato de oseltamivir, também usado para combater o H1N1, foram distribuídas nos últimos dois meses aos municípios paraenses. “Temos estoque disponível e suficiente que estaremos disponibilizando aos municípios quando solicitado. Não há risco de falta de medicação”, garante.

TAMIFLU

Nas farmácias de Belém, a procura por álcool em gel e por Tamiflu é quase imperceptível. “As pessoas não procuram o Tamilfu e nem o álcool em gel. Elas já não temem a gripe A”, afirmou a farmacêutica Alina Oliveira. O Ministério da Saúde (MS) chegou a restringir e depois liberar a venda do medicamento sem exigir apresentação de receita médica de duas vias, em virtude do aumento nos casos de Gripe A na região Sudeste.

“Algumas pessoas, principalmente profissionais da saúde e grávidas, compram o álcool em gel para colocar na bolsa e no carro e usar quando necessário. Mas o remédio, eu só lembro de ter vendido uma vez esse ano”, contou a atendente de farmácia Joelma Oliveira.

Pessoas com fator de risco, crianças menores de dois anos, idosos acima de 60 anos, gestantes, população indígena, hipertensos e quem possuir problema cardíaco ou pulmonar que estiver com gripe ou síndrome gripal e falta de ar, devem procurar atendimento médico. O profissional avaliará a necessidade de prescrição de medicação.

“O medicamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), até mesmo para quem tiver receita de médico particular. Os casos mais graves de gripe com falta de ar devem ser notificados e o material deve ser coletado. Já em relação a vacina, não temos nenhuma previsão de campanha contra gripe sazonal novamente neste ano. A última foi em abril”, acredita Ferreira.

A diretora alerta para os cuidados com a prevenção. “O vírus H1N1 continua circulando. Desde que acabou a pandemia, em agosto de 2010, prosseguimos avisando para lavar as mãos com frequência, ao tossir ou espirrar, fazer a etiqueta de colocar um lenço de papel sobre a boca e em seguida descartá-lo, evitar locais aglomerados e, na ausência de água, passar álcool em gel para higienização”, aconselha.

Na pandemia de 2009, o vírus H1N1 fez 2.060 vítimas fatais, em todo o Brasil. Este ano, já são 110 mortes por gripe A, segundo dados de 03 de julho do Ministério da Saúde. De acordo com o MS, a campanha de vacinação contra a gripe, recentemente realizada, atingiu mais de 80% do público alvo e não há risco de epidemia.

(Diário do Pará)


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