O homem suspeito de matar a estudante Aline Moreira, de 18 anos, José Ademir Radol, foi encontrado morto na cela da Delegacia de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava foragido e foi detido na sexta-feira (4), em Santa Cecília (SC), na casa da irmã sem resistir à prisão, de acordo com a Polícia Civil do Paraná. Radol era namorado da mãe de Aline. O corpo dele foi encontrado por volta das 23h de sexta-feira, cerca de três horas depois de o suspeito ter sido colocado na cela.
Suspeito foi encontrado morto três horas depois de ter sido colocado dentro da cela da Delegacia de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba (Foto: Divulgação/Delegacia de Rio Negro)Aline Moreira foi encontrada morta na Região de Curitiba (Foto: Reprodução/Facebook)
O delegado contou que recebeu informações de que Radol tinha parentes em Santa Cecília. Em contato com a polícia de Santa Catarina, Alves conseguiu o endereço, foi até o município catarinense e passou por três diferentes locais até encontrar o suspeito na casa da irmã.
O corpo de Aline foi encontrado na terça-feira (1º). Ela morava com a mãe em Mafra (SC) e pegou carona com o namorado da mãe no dia 27 de steembro porque precisava ir a Curitiba para um compromisso, quando desapareceu. Segundo o delegado, a dupla foi vista por um pescador em um matagal da região de Rio Negro, pouco antes do crime. "A testemunha que visualizou os dois contou à polícia que cerca de uma hora depois viu só o rapaz no mesmo local e que ele tentava esconder o rosto", acrescenta.
O delegado responsável pelo caso, Sérgio Luiz Alves, disse ao G1 que, a princípio, o homem se enforcou com lençóis amarrados que formam uma corda de pano, conhecida como “tereza”. “O corpo vai para o IML [Instituto Médico-Legal] para perícia. O laudo vai confirmar se, de fato, foi suicídio”, relatou o delegado.
O suspeito estava em uma cela chamada de “seguro”, onde ficam os presos por estupro, violência contra a mulher e que são hostilizados pelos demais detentos, conforme o delegado. Outros três homens estavam presos na mesma cela junto com Radol.
Na sexta-feira, após ser preso, Radol foi interrogado por duas horas na Delegacia de Rio N egro. Segundo o delegado, o suspeito negou o crime e deu informações contrárias ao que já havia sido apurado pela polícia. “Ele disse que deixou a garota no fim da tarde na Rodovia do Xisto, próximo à Lapa [Região Metropolitana de Curitiba, sendo que ele tinha sido visto às 21h com ela. Ele também falou que perdeu a chave do carro, porém, a chave do carro estava ao lado do corpo da vítima”, afirmou Alves.
'Malvadeza'
“Ele foi para a casa de uma sobrinha que mora no meio do mato, a 20 quilômetros da cidade, onde para se chegar tem que andar a pé por três quilômetros. Lá, ele contou para o marido da sobrinha que tinha feito uma ‘malvadeza’ e então, por não aceitarem o ocorrido, o mandaram embora”, relatou. José Ademir Radol tinha 45 anos e, segundo o delegado, não tinha profissão.
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