País precisa encontrar lugar para 30 milhões de toneladas de lixo
Um estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) aponta que o Norte do País
precisará investir nos próximos anos R$ 750 milhões para coletar e dar a
destinação adequada aos resíduos sólidos recolhidos na região. Esse e
outros números foram apresentados esta semana, durante o Workshop
Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos, promovido pela
Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, em Manaus.
Segundo apontam os cálculos do diretor da Abrelpe, caso o País mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, só conseguirá universalizar a destinação final em meados de 2060. Com base na experiência de outros países, a Associação estima que são necessários de 15 a 20 anos para se reduzir a geração de resíduos, primeiro passo previsto na PNRS. 'Para que isso aconteça, são necessárias mudanças no processo produtivo, disponibilidade de infraestrutura adequada e adaptação na postura de consumo da sociedade', salienta Silva Filho.
Na avaliação do diretor
da Abrelpe, embora o prazo determinado pela PNRS para encerramento da
destinação inadequada de resíduos se encerre em agosto de 2014, ainda há
muito o que ser feito. 'De acordo com nossos estudos, publicados
recentemente no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, ainda há
cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos com
destinação inadequada no País', assegura. Ele destaca que, se não houve
um esforço em conjunto, sobretudo na questão dos recursos disponíveis
para custear o processo de adequação, a PNRS não sairá do papel. 'Com a
aplicação de 0,15% do PIB Nacional no setor de resíduos conseguiremos
superar esse déficit histórico', conclui.
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