Aos 37 anos, Petê Camargo chegou a pesar 145 kg.
Após um sério problema de saúde, ela resolveu mudar completamente sua vida. “Eu
me vi na cama do hospital e pensei: “ou eu vou, ou eu fico. Decidi viver”. Apaixonada
por comida e pelo ato de comer, Petê lutou durante 4 anos para eliminar 76 kg
que não lhe pertenciam e mudar completamente seu estilo de vida. Em entrevista
ao R7 ela contou como conseguiu passar do manequim 56 para o 42. Descubra!
Longe do sobrepeso, quando garota, Petê praticava
natação e até almejava seguir uma carreira no esporte. Aos 15 anos, quando
deixou os exercícios de lado, foi que começou a engordar. No entanto, após um
tempo, ser “gordinha” deixou de ser uma característica fofa, para começar a
virar uma tormenta
Já
acima do peso, Petê tomou uma decisão: voltar ao esporte. Começou a nadar todos
os dias até se tornar atleta, federada em São Bernardo do Campo, onde morava na
época. Aos 19 anos, quando se casou com o primeiro namorado, o esporte ficou de
lado mais uma vez.
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— Eu era uma criança que tendia sempre para o
lado “gordo”. Eu comia demais, exercícios deixam com fome. Quando eu parei da
nadar, comecei a fazer uma dieta. Enquanto minhas amigas tomavam milk-shake eu
tomava iogurte batido, sabe? Mas não adiantou
Casada, Petê se viu frente a uma cozinha repleta de
guloseimas e com uma família típica italiana que sabe comer bem e apreciar
pratos ricos em carboidratos. Em viagens e em casa, ela e seu marido faziam
verdadeiras “orgias gastronômicas”.
— Eu fui me acomodando. Juntei imaturidade com a vontade de
comer. Muita calda de caramelo, chocolate, carboidrato, sorvete faziam parte da
nossa lista de compras.
Mas o verdadeiro processo de engorda começou quando Petê
engravidou do primeiro filho.
— Engordei 40 kg na primeira gravidez. Comia tudo aquilo que
eu queria, e achava que o bebê ia nascer com uns 38 kg [risos]. Eu tinha
vontade de comer fast-food depois do jantar, de madrugada. Não tinha limites
Quando
o bebê nasceu, Petê arriscou fazer todos os tipos de dieta possíveis e
consultou vários médicos. Chegou a tomar remédios para emagrecer e conviveu com
o efeito sanfona durante um bom tempo. Quando chegou aos permitidos 80kg, com
1,76m de altura, engravidou novamente e adquiriu mais 40 kg.
— Eu pensei: “Vou ser feliz”. Eu cheguei aos 145
kg de pura “felicidade gastronômica” daquela vez. Romper esse vício demandou tempo,
disciplina
Daí
em diante Petê descobriu sérios problemas de saúde e que seus filhos,
principalmente o mais velho, sentiam vergonha da mãe, tachada de “gorda” pelos
amiguinhos da escola.
— Na festinha, na porta da escola, você percebe
que está sendo um problema. “As mães dos amigos não são assim”, era o que eu
ouvia. Outras coisas também fazem a diferença: cadeira de avião, catraca de
ônibus. Você não se encaixa em lugar nenhum.
Decidida
a manter o seu equilíbrio emocional e a emagrecer, Petê resolveu voltar a
nadar.
— Fui a uma costureira e mandei confeccionar um
maiô. Era assustador, mas eu ia mesmo assim. Não tinha a mesma disposição de antes,
mas pelo menos eu estava fazendo exercícios
Por
causa de seu peso, Petê não conseguiu, muitas vezes, completar os exercícios e
se sentia exausta. Por isso, procurou um médico e descobriu que era portadora
de Lupus Sistêmico, uma doença autoimune que pode levar à morte. No final de
2002, ela foi internada.
— Fui a um pneumologista e descobri a doença.
Mais tarde tive que tirar um pedacinho do pulmão, por uma embolia pulmonar que
tive, agravada pela Lupus e pela obesidade. Foi aí que eu vi a minha chance de
recomeçar. Eu era viciada em comida
Após um longo tratamento para amenizar os sintomas, Petê
decidiu viver bem pelo resto da vida. A primeira coisa que fez? Uma volta ao
supermercado.
— Comprei coisas possíveis para fazer uma sopa que
me ajudasse nos momentos de crise. Acelga, chuchu, abobrinha, peito de frango,
sem a presença de carboidrato. Foi o que me ajudou na hora da loucura por
comida
Foram quatro anos e meio até eliminar 76kg. Hoje, aos 46
anos, Petê chama a atenção pelas fotos de antes e depois.
— Antes desta entrevista eu tomei uma xícara de
café com uma colher de leite desnatado. No passado, com certeza, seria uma
panela inteira de brigadeiro, sem dúvidas
Vitoriosa, sua história foi parar nas redes
sociais e em um blog, alimentado por ela mesma, que ajuda outras pessoas com
sobrepeso a recuperar o tempo perdido e mudarem sua relação com a comida. No
petecamargo.blogspot.com posta vídeos, receitas, e já tem mais de seis mil
seguidores fiéis, que se inspiram na força de vontade
Feliz com o corpo que conquistou, Petê conta que não fez
plásticas por causa da doença, e que usa de artifícios para driblar a flacidez
da pele. Com o manequim variando entre o 44 e o 42, a blogueira de 46 anos se
considera uma nova mulher.
Fonte: R7
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Por Rádio Sorriso FM - São Miguel do Guamá on 8/06/2013
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Categories: Entretenimento
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