sábado, 3 de outubro de 2015

Foto: Igor Mota/ O Liberal
Feirantes denunciam a adição de corante e água no produto da mesa do Círio

O tucupi é um dos ingredientes indispensáveis para pratos típicos do Círio de Nazaré, mas os consumidores devem tomar cuidado ao comprar o produto em feiras e outros pontos de vendas de Belém. Ontem de manhã, os próprios trabalhadores da Feira da 25 de Setembro (av. Romulo Maiorana), no Marco, denunciaram que alguns vendedores mal-intencionados acrescentam água para diluir o tucupi e chegam a colocar corantes para dar uma cor amarelada ao sumo de mandioca. No local, o ingrediente é vendido nas formas normal ou concentrado, a preços que variam de R$ 4 a R$ 16, dependendo do volume e do tipo.

Feirante há 50 anos, Eliete Chaves relatou que ainda há venda de tucupi adulterado naquela feira, localizada à avenida Romulo Maiorana. “O pessoal está botando corante para mudar a cor. Tem cliente que não percebe isso”, disse. No boxe, ela comercializa a garrafa de dois litros do produto de R$ 8 (normal) a R$ 15 (concentrado) 2 litros, mesmo preço praticado em 2014. “Estou conseguindo vender umas 50 garrafas dessa por dia. No ano passado, vendia bem mais”.

Diante da situação, os consumidores têm adotado algumas estratégias para conferir a qualidade do tucupi. O vendedor autônomo Edivaldo Gonçalves aposta na “provinha” do ingrediente antes de levá-lo para casa. “Pelo que já comprei aqui, não acho que é adulterado. Se vejo que está claro demais, nem compro”.

Olho vivo

Leila Marques, técnica do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Devisa/Sesma).
Como é feita essa adulteração?
A mais comum é a adição de corantes.
 
Como é feita a fiscalização sobre a venda do tucupi?

A equipe do Devisa pontua as áreas de fiscalizações. Avaliamos a estrutura do estabelecimento, as condições higiênico-sanitárias e as condições de manipulação.

Quantos estabelecimentos já sofreram notificação por causa de adulteração do tucupi?
Este ano nenhum. Atendemos diversas denúncias sobre falta de higiene e sobre as condições de manipuladores e manipulação, mas não recebemos nenhuma denúncia por fraude.

Conforme a experiência da Vigilância, podemos afirmar que é “mais comum” a adulteração nesse período do ano, já que o tucupi é um dos ingredientes indispensáveis para diversos pratos do Círio?

Consideramos que, por ser um produto de consumo o ano todo, a adulteração pode ocorrer qualquer período do ano. É muito importante que o consumidor suspeite e denuncie.

Em caso de constatação da adulteração, quais as consequências para o vendedor/feirante? E se for reincidente?

A adulteração é crime. Cabe ao Devisa o trabalho técnico. Podemos apreender o produto, suspender a venda e até fazer a interdição cautelar do estabelecimento por 90 dias. Já as penalidades criminais são imputadas pela legislação, como Código de Defesa do Consumidor.

Em caso de denúncia, para onde o consumidor pode ligar? (local, telefone e horário de funcionamento para receber as reclamações).

Em casos de denúncia, o consumidor precisa ir até ao prédio do Departamento de Vigilância Sanitária, localizado na Travessa FEB, 77, no bairro de São Brás, de 8h às 16h. Não precisa se identificar, mas precisa apresentar um documento de identidade. Dúvidas podem ser sanadas pelo telefone 3344-1754.
Fonte:ORMNEWS
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