Por Rádio Sorriso FM - São Miguel do Guamá on 10/20/2014
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O padre com fiéis no Círio de Nazaré Foto: Reprodução / Basílica Santuário de Nazaré
"Na Bíblia, Jesus fala que o jejum deixa as pessoas mais
inspiradas’’, lembra Padre Marcelo Rossi, ao comentar que passou por um
período de restrição alimentar enquanto compunha as canções de "O tempo
de Deus’’, CD que ele lança essa semana. O regime severo, no entanto,
foi além da motivação criativa, chegando à anorexia. Por só se alimentar
de alface e hambúrguer num período de depressão, o homenzarrão de 1,95m
de altura foi dos 128kg aos 60kg, no fim do ano passado. Mas apesar de
ainda despertar intenso burburinho pela magreza — sua presença no Círio
de Nazaré, em Belém do Pará, no último dia 12, causou verdadeira comoção
nas redes sociais — ele garante que a saúde está 100%.
— Estou de
volta aos meus 80 e poucos quilos, que é o meu peso normal. Mas como as
pessoas me viram muito inchado durante meses, estranham. Chegaram a
dizer que eu estava com câncer, meu Deus! Até a minha mãe estranhou. Já
voltei a ter uma dieta equilibrada, pratico a minha caminhada e a minha
corrida na esteira diariamente, estou muito bem — afirma Padre Marcelo,
que não teve acompanhamento médico durante o restabelecimento: — A
oração foi a minha salvação. Também não usei remédio antidepressivo, só
minha conexão com Deus.
A depressão foi desencadeada por um acidente na esteira há quatro
anos. O padre quebrou a perna, ficou numa cadeira de rodas por seis
meses usando anti-inflamatórios e ganhou peso. Ferido em sua vaidade
pelos comentários dos fiéis sobre seu sobrepeso, o homem sempre
atlético, formado em Educação Física, tomou a atitude radical na
alimentação.
— Sou vaidoso com relação ao corpo e ao cabelo. Tomo
Finasterida (remédio para cortar a queda de cabelo) há anos, sem me
preocupar com as consequências. Sou celibatário, isso não tem
importância para mim (um dos efeitos do medicamento é a impotência
sexual) — revela.
O padre também diz que se tornou alvo de energias ruins:
—
Perdi meus três cachorros, e isso me deixou infeliz. Eles morreram um
atrás do outro, do nada. A inveja e o mal existem, mas não posso
reclamar, só rezar mais.
Agora livre da doença, ele a analisa com outros olhos.
—
A depressão foi uma bênção de Deus na minha vida. Achava que isso era
frescura, escutava testemunhos e não dava muita bola — diz ele, que
transformou o sofrimento nas canções do novo disco e num livro sobre
ansiedade e depressão, a ser lançado em 2015: — Assim como o CD "O tempo
de Deus’’, creio que o livro vai ajudar pessoas que sofrem do mesmo
mal.
Mais robusto e corado, antes de enfrentar a depressão Foto: Divulgação
Fonte: Site Extra
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