Na década de 20, um movimento tímido, que perdeu força, sugeria que a cidade de
Salinópolis fosse rebatizada para Atlântida. Hoje, 90 anos depois, um dos
principais destinos procurados pelos veranistas que saem de Belém conserva
apenas os encantos da cidade lendária submersa, perdida no mar. Salinas, a cada
ano, se torna mais popular e procurada.
Ontem, dezenas de ônibus de
veranistas saídos da capital, somados a centenas de carros particulares, lotaram
o Atalaia. Na praia mais animada do município, milhares de pessoas aproveitaram
o domingo de sol e o banho nas águas do Atlântico. No entanto, apesar de
superlotada, Salinas ainda reservou bons redutos de paz e tranquilidade para
quem queria aproveitar as férias com sossego.
Ivaldo Souza, 46 anos,
empresário, estava no Atalaia passeando com a família. “É um ambiente
maravilhoso onde eu posso desfrutar da melhor maneira possível. Uma praia
belíssima, um sol ótimo e pessoas bem convidativas”, completa Ivanildo rindo.
Para o empresário, o barulho de música alta, o vai-e-vem intenso de gente e o
trânsito constante de carros não chegam a prejudicar a diversão. “O som alto
atrapalha um pouco porque a gente não pode conversar direito. Mas tem que
curtir, né? Atrapalha, mas é bem-vindo”, opina.
“Pra quem gosta de
agitação e tá solteira, é melhor ir pra lá. Eu tô solteira, mas parece que meu
povo tá todo casado e com filho”. O parecer bem humorado da administradora
Amanda Schimidt, 30 anos, revela bem a intenção de quem procurou o Atalaia
durante o final de semana. Com mais seis pessoas passando férias na casa de
praia da família, Amanda aproveitava o sol nas areias calmas da praia do Farol
Velho. Poucos quilômetros separam as duas praias, no entanto, o contraste entre
elas é enorme. “Aqui não tem confusão, a areia é mais limpa, tem bem menos
gente. As crianças podem brincar mais sossegadas. É muito melhor pra relaxar”,
fala Maria José Bentes, 48 anos, dona de casa.
O “Lago da Coca-cola”, que
recebe o nome por causa das águas escuras e geladas, era o local ideal para as
crianças se divertirem. Do outro lado do Atalaia, protegido por dunas, o lugar
atraiu dezenas de banhistas como Evandro da Costa, que faz 11 anos hoje. “Eu
gosto daqui por causa da água doce. Posso brincar sem me perturbarem”, conta.
Iris Miranda, 30 anos, recepcionista.
Aproveitar as férias com
tranquilidade é o que leva o servidor público Marcos Vinícius Silva, 48 anos, a
se refugiar com a família na casa de veraneio, localizada no bairro da Ponte.
“Tudo que eu quero eu tenho aqui. Uma casa maravilhosa e a minha família. Quando
a gente vai embora, eu sou o último a sair. Chegando em Belém bate muita saudade
daqui”, conta o servidor público, que tem o privilégio de acordar com o canto
dos pássaros e com o vento vindo do mar batendo na janela.
Fora um
atropelamento no último sábado (14), nenhum outro acidente grave foi registrado.
De acordo com o tenente Lenilson Costa, do Corpo de Bombeiros, até o final do
dia, nenhum caso de afogamento sério havia sido notificado.
(Diário do
Pará)
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Por Rádio Sorriso FM - São Miguel do Guamá on 7/16/2012
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