segunda-feira, 18 de maio de 2015

Responsáveis receberam orientação de médicos e cientistas antes da ação.
Ato foi feito para espantar 'estigma' social que ainda rodeia quem tem Aids.

Capa da Vangardist (Foto: Reprodução/Facebook/Vangardist)Capa da edição da 'Vangardist' que foi impressa usando o sangue de três pessoas soropositivas (Foto: Reprodução/Facebook/Vangardist)

 
Uma revista austríaca imprimiu sua mais recente edição usando sangue de três pessoas soropositivas como um ato simbólico para lutar contra "medos irracionais" e o "estigma" social que ainda rodeia a vida de quem vive com o vírus da Aids.
A revista "Vangardist" lançou este mês uma edição limitada de três mil exemplares impressos com tinta misturada a 150 mililitros de sangue doado por três portadores de HIV. Cada exemplar, dedicado a "homens progressistas, curiosos e de mente aberta", traz textos em inglês e alemão, e é vendido por 50 euros (R$ 170).
O dinheiro arrecadado com a venda deste número especial será doado a projetos para pacientes afetados pelo vírus. Para o leitor, a revista é totalmente segura e não apresenta qualquer risco de contágio.
"Queríamos enviar uma mensagem contra o estigma porque, depois de 30 anos de pesquisa, a medicação agora é muito boa, mas o estigma ainda é um peso para as pessoas que têm o vírus, e isso pode ser visto em certos comentários sobre a nossa campanha. Alguns pensam que podem se infectar com a revista, nos chamaram de assassinos, como se quiséssemos matar alguém", disse à Agência Efe Julian Wiehl, fundador e diretor da "Vangardist".


 Cientistas conseguiram fazer HIV sair de 'esconderijo' para combatê-lo (Foto: SKU/Science Photo Library) 
Vírus HIV morre com rapidez fora do corpo e só pode
ser transmitido por contato direto com fluidos
corporais, principalmente no sangue e no sêmen
(Foto: SKU/Science Photo Library)


 
Plena segurança aos leitores
Há muito tempo se sabe que o HIV morre com rapidez fora do corpo e só pode ser transmitido por contato direto com fluidos corporais, principalmente no sangue e no sêmen.

Além disso, para garantir a plena segurança para os leitores, os responsáveis da revista receberam orientação de médicos e cientistas das universidades de Harvard (Estados Unidos) e de Innsbruck (Áustria).
Os pesquisadores de Innsbruck esterilizaram o sangue e voltaram a analisá-lo depois sem encontrar rastros de patógenos. A quantidade de sangue usada é simbólica e, segundo explica o diretor, a medida corresponde a uma unidade para cada 28 de tinta.
"Utilizamos muito pouco sangue. A cor vermelha nas letras da revista não é pelo sangue, mas sim pela tinta vermelha que foi misturada a ele", afirmou.
Wiehl acredita que esta campanha servirá para lutar contra os preconceitos que as pessoas com HIV positivo convivem diariamente e que leva muitas delas a se isolar socialmente e entrar em depressão.
"Os medos irracionais são o que nos freiam como sociedade, porque não têm nenhuma base e estão causando muito prejuízo as pessoas", comentou.



















Fonte: G1
 

 

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